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Saúde: Prémio Grünenthal DOR atribuído a investigadora portuguesa por estudo que relaciona dor crónica e depressão
SAUDE
2008-10-25
Lisboa, 25 Out (Lusa) - A investigadora portuguesa Leonor Gonçalves, recebeu hoje o Prémio Grünenthal DOR, a primeira vez que o galardão é atribuido em Portugal, pela realização de um estudo que estabelece a relação entre dor crónica e depressão.
A cientista disse à agência Lusa depois de receber o prémio que as conclusões do estudo que realizou mostram que "há uma relação entre a depressão e a dor crónica, há uma alteração no cérebro. A dor crónica induz alterações no cérebro que conduzem à depressão, na medida em que se regista um aumento de neurónios em zonas do cérebro onde, até ao momento, não se sabia que tinham essa capacidade".
Apesar das conclusões do estudo, realizado ao longo de dois anos, Leonor Gonçalves admitiu que a investigação é ainda inconclusiva, na medida em que "só abre mais perguntas".
"Não nos dá mais respostas", reconheceu a investigadora da Universidade do Minho, frisando a necessidade de "mais estudos" sobre a patologia da dor.
Inquirida sobre a prescrição de anti-depressivos a doentes com dor crónica, Leonor Gonçalves respondeu favoravelmente, justificando que "se funciona e aumenta a qualidade de vida dos doentes, isso é o suficiente".
O Prémio Grünenthal DOR é um prémio de candidatura anual, criado pela Fundação Grünenthal, associada ao grupo farmacêutico alemão com o mesmo nome, destinado a galardoar trabalhos em Língua Portuguesa, da autoria de médicos ou outros profissionais de saúde, sobre temas de investigação básica ou clínica relacionados com a dor.
A Fundação Grünenthal tem como finalidade a promoção e apoio de actividades no mundo das Ciências e da Saúde, especialmente as relacionadas com a Dor e a Medicina Paliativa.