Se é dura a batalha
E me quebra a asa
E o vento segreda
Da morte um aviso
Tenho um anjo
Lá em casa
Que me aguarda
Com um sorriso
Se o corpo se esgota
De tanta moinha
E repouso busca
Ao mortal quebranto
Tenho um anjo
Pela tardinha
Que me embala
Com seu canto
Se no sonho tombo
E minha alma ensombro
Com a visão da morte
A ceifar o trigo
Tenho um anjo
No meu ombro
Que me ampara
Quando há perigo
Mão Morta, Anjos Marotos (Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes)
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