Wednesday, May 23, 2007

O Amado Consulado

Como bom emigras que sou, precisei de solicitar os bons prestimos do inestimavel Consulado Geral de Portugal em Londres. Neste caso nem era para mim mas para uma amiga minha, porque algum povo daqui do meu instituto vem comigo ao Porto, para verem o que é bonito.

Só que a desgraçada precisa de visto, coitada, porque há pessoas do primeiro mundo e do segundo e do terceiro, e toda a gente sabe que só de alguns países vem gente má.

E ela resolveu tratar de tudo só com duas semanas de antecedência. Grave erro, porque o consulado não atende o telefone, não responde a mails, nem a faxes.

Ah, mas não se pense que o Grande Consulado não está munido das mais altas tecnologias: existe um número que se pode ligar e ouvir uma gravação que nos informa simpaticamente que para obter visto tem de se marcar entrevista. O que seria óptimo se a data mais próxima disponível não fosse em meados de Julho. Sim, quem quer vir a Portugal passar um fim de semana, vive em Londres ou arredores e não é do primeiro mundo ou de algumas partes do segundo, deve saber planear isso com dois a três meses. Ah, e tem que ir lá deixar o pedido, porque existe a probabilidade de ninguém responder ao telefone e email.

Como não conseguiamos contactar o consulado tentámos empresas que "tiram" os vistos por nós. Mas estas ou não tinham vagas para nós, ou não trabalhavam (especificamente) com o consulado português (cambada de bifes, devem ser racistas, aquilo funciona tão bem!!).

Por fim recorremos à única saída honrada possível: mentir e ver se resulta.

A minha amiga (que tem um sorriso bastante simpático) foi ao Amado Consulado e disse que tinha pedido uma entrevista mas que perdeu a resposta que lhe tinha sido enviada. Sendo assim, entrou, pediu o visto e deram-lho. Em menos de 10 minutos. Sexta, é só ir buscá-lo.

Que merda, já tinha saudades disto!

3 comments:

váparaforacádentro said...

é que somos gente simples!!! tu também pá....

Confras said...

Simples, pobre e humilde; muito humilde, segundo o Durão!

De qualquer modo, se não fores europeu ou americano, não é nada fácil saltares de país.

Para malta lá do lab ir a uma conferência a Espanha, nuestros hermanos pediram até um "convite" para a participação dessas pessoas na conferência. Somos parecidos em tudo mesmo...

Zef said...

Adorei o fim da história: o verdadeiro desenrascanço à portuguesa!